terça-feira, 18 de agosto de 2009

Aspectos importantes da vida de Galileu Galilei

Físico, Matemático e astrônomo Italiano, Galileu Galilei (1564-1642) descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia. Por pouco Galileo não seguiu a carreira artística. Um de seus primeiros mestres, d. Orazio Morandi, tentou estimulá-lo a partir da coincidência de datas com Michelângelo (que havia morrido três dias depois de seu nascimento). Seu pai queria que fosse médico, então desembarcou no porto de Pisa para seguir essa profissão. Mas era um péssimo aluno e só pensava em fazer experiências físicas (que, na época, era considerada uma ciência de sonhadores).


Aristóteles era o único que havia descoberto algo sobre a Física, ninguém o contestava, até surgir Galileu. Foi nessa época que descobriu como fazer a balança hidrostática, que originaria o relógio de pêndulo. A partir de um folheto construiu a primeira luneta astronômica em Veneza. Fez observações da Via Láctea a partir de 1610 que o levaram a adotar o sistema de Copérnico. Pressionado pela Igreja, foi para Florença, aonde concluiu com seus estudos que o Centro Planetário era o Sol e não a Terra, essa girava ao redor dele como todos os planetas. Foi condenado pela inquisição e teve que negar tudo no tribunal. Colocou em discussão muitas idéias do filósofo grego Aristóteles, entre elas o fato de que os corpos pesados caem mais rápido que os leves, com a famosa história de que havia subido na torre de Pisa e lançado dois objetos do alto. Essa história nunca foi confirmada, mas Galileu provou que objetos leves e pesados caem com a mesma velocidade. Ao sair do tribunal, disse uma frase célebre: "Epur si Muove!", traduzindo, " e com tudo ela se move ". Morreu cego e condenado pela igreja, longe do convívio público. 341 anos após a sua morte, em 1983, a mesma igreja, revendo o processo,decidiu pela sua absolvição.


Principais Realizações


A Luneta Astronômica, com a qual descobriu, entre outras coisas, as montanhas da Lua, os satélites de Júpiter, as manchas solares, e, principalmente, os planetas ainda não conhecidos.


A balança hidrostática


O compasso geométrico e militar


Foi o primeiro a contestar as idéias de Aristóteles
Descobriu que a massa não influi na velocidade da queda.

Racionalismo moderno

Racionalismo foi um movimento cultural situado entre os séculos XVI e XIX. Mais do que mais uma doutrina gnosiológica ou teoria do conhecimento, o Racionalismo foi uma perspectiva cultural global. Foi uma das correntes filosófico-científicas do homem da Idade Moderna


Para o Racionalismo, o homem pode chegar pela razão, a verdades de valor absoluto. Seja a partir de fatos, os quais, ultrapassando a mera força dos sentidos, o homem pode, com a força da razão, abstrair e atingir condições transcendentais do mundo; seja a partir da pura intuição, que prescinde dos fatos. O que o Racionalismo buscava, na verdade, era conhecer a essência. Por isso, não se prendia aos fatos ou ao mundo sensível, mas afirmava que a razão humana poderia transcender e chegar ao conhecimento de realidades transcendentes.
Pela força da abstração e das concatenações racionais. Essa corrente se aproximava, assim, da metafísica, de Platão. Não se pode, entretanto, incorrer no erro de achar que o Racionalismo é apenas uma corrente teórica. Ao contrário, terá conseqüências também na ética e, mesmo, na política como veremos a seguir. Procuraremos também fazer a relação entre o Racionalismo e a Fé, mostrando como seus principais expoentes, Descartes, Kant e Hegel, trataram da problemática acerca de Deus e da religião, tema central das discussões filosóficas medievais, agora com as contribuições do homem moderno.

Relações entre a Igreja Católica e a Política Alemã antes da Reforma

No início da Era Moderna a Alemanha ainda não estava unificada, ou seja, ela era formada por vários estados e o poder não era centralizado, cada estado tinha o seu prícipe. Havia um imperador, para exercer o domínio, mas sua força política era insuficiente para unificar o seu povo.

Quando havia a possibilidade de se centralizar o poder, a Igreja Católica era contra, Isso passou a dificultar a burguesia alemã. A nobreza não iria ganhar nada com a centralização do poder, por isso ela era contra. mas ela também era contra a Igreja, pois desejava suas terras.


A Igreja também cobrava altos impostos as pessoas humildes, como os camponeses, o que acabou gerando o descontentamento destes.


A partir daí começaram a ocorrer os primeiros indícios da Reforma Protestantes, que foi iniciada na Alemanha e espalhada ao resto da Europa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Luís XIV de França

Luís XIV de Bourbon (em francês Louis XIV; Saint-Germain-en-Laye, 5 de Setembro de 1638 - Versalhes, 1 de Setembro de 1715), conhecido como "Rei-Sol", foi o maior monarca absolutista da França, e reinou de 1643 a 1715.
A ele é atribuída a famosa frase: "L'État c'est moi" (O Estado sou eu), apesar de grande parte dos historiadores achar que isso é apenas um mito. Construiu o
Palácio dos Inválidos e o luxuoso palácio de Versalhes, perto de Paris, onde faleceu em 1715.

Vida

Credita-se a ele a frase "Eu quase que esperei". Dizia isso, mesmo com todas as suas carruagens chegando à hora marcada, o que demonstra bem o carácter absolutista e a visão de Rei-sol que ele tinha de si mesmo. Organizou uma vida cortesã segundo um modelo que os seus descendentes seguem.


Outro traço marcante para a cultura da época e que é parcamente citado em biografias sobre o Rei Sol é o facto de ter lançado uma moda que se prolongou por no mínimo 150 anos nas cortes européias e nas colônias do novo mundo, que nada mais é do que o uso de elaboradas perucas.


Como um monarca, sua imagem estava em constante apreciação e, consequentemente, sendo copiada. O facto é que Luís XIV estava a ficar careca. Resolveu então pedir ao cabeleireiro da corte que lhe arranjasse perucas para esconder a calvície. E a novidade foi tão bem assimilada pelos súbditos que logo se tornou mania entre os nobres e os mais abastados. Perucas eram sinal de estirpe, nobreza e ostentação, haja vista que custavam pequenas fortunas, algo impossível para os cidadãos comuns.


Juventude



Quando nasceu, em 1638, seus pais, Luís XIII e Ana de Áustria, consideraram-no uma bênção divina, já que o casal ainda não tivera nenhum filho em vinte e três anos de matrimónio. Por isso alguns historiadores acreditam que ele não era filho biológico de Luís XIII. Foi batizado Louis-Dieudonné ("Luís, o presente de Deus") e recebeu além do tradicional título de Delfim o de Premier Fils de France ("Primogênito da França").



Luís XIII e Ana tiveram um segundo filho, Filipe I, duque de Orleans. O rei não confiava em sua mulher e procurou evitar que ela ganhasse influência sobre o país. Porém, após sua morte em 1643, Ana tornou-se regente. Ela confiou todos os poderes do Estado ao cardeal italiano Giulio Mazarino, que era odiado pela maioria dos círculos políticos franceses.
Ao mesmo tempo que a
Guerra dos Trinta Anos acabava em 1648, uma guerra civil francesa conhecida como Fronda começou. O cardeal Mazarino deu continuidade à centralização do poder iniciada pelo seu antecessor, o Cardeal Richelieu. Ele tentou aumentar o poder da Coroa às custas da nobreza. Ele impôs uma taxa aos membros do Parlamento, na época composto na maior parte pelo Alto Clero e Nobreza

O Parlamento não só se recusou a pagar como anulou todos os éditos financeiros anteriores promulgados por Mazarino, que por conta disso mandou prende-los, o que fez Paris ser tomada por revoltas. Luís XIV e a corte tiveram que deixar a cidade.
Quando o tumulto começou a passar foi assinada a
Paz de Westphalia, que restaurou o controle da Coroa sobre o Exército Francês, e que foi sucedida pela Paz de Rueil, que encerrou os conflitos temporariamente.
Começo do reinado


Luís XIV, o rei-sol

O período de regência exercido pela mãe de Luís terminou oficialmente em 1651, quando ele tinha 13 anos. Luís assumiu o trono, mas Mazarino continuou a controlar os assuntos de estado até 1661. Outros membros do governo esperavam que fosse substituído por Nicolas Fouquet, o superintendente de finanças. Ele não só não assumiu como foi preso por má administração do Tesouro francês. O rei anunciou em seguida que não indicaria outro primeiro-ministro e assumiria ele próprio o governo do reino. Seu conselho, o conseil d'en haut, contava com nomes de prestígio como Jean-Baptiste Colbert, Hugues de Lionne e François-Michel le Tellier. Nenhum destes pertencia a alta aristocracia, o que levou o grande memorialista do fim do reinado, o Duque e Par do Reino Louis de Rouvroy, Duque de Saint-Simon a chamar o governo de "Reino da pequena burguesia".

O Tesouro estava perto da falência quando Luís XIV assumiu o poder. As coisas não melhoraram já que ele gastava dinheiro extravagantemente, despendendo vastas somas de dinheiro financiando a Corte Real. Felizmente, parte desse dinheiro ele gastou como patrono das artes, financiando nomes como Moliere, Charles Le Brun e Jean-Baptiste Lully. Também gastou muito em melhorias no antigo Palácio do Louvre, que acabou por abandonar em favor da nova fundação de Versalhes, construído sobre um antigo pavilhão de caça de Luís XIII.

Em 1665, Luís XIV nomeou Jean-Baptiste Colbert para a chefia da Controladoria Geral. Colbert reduziu o défice da França através de uma reforma fiscal, que tornou os impostos mais eficientes. Seu plano incluía os aides e douanes (ambos taxas comerciais), a gabelle (imposto sobre o sal) e o taille (imposto sobre as terras). Por outro lado, não aboliu a isenção fiscal de que se valia o clero e a nobreza. O método de coleta de impostos também foi melhorado.

Colbert fez planos de longo prazo para o desenvolvimento da França através do comércio. Sua administração criou novas indústrias e encorajou os fabricantes e inventores a produzir. Também modernizou a Marinha, as estradas e os aquadutos. Ele é considerado um dos pais da escola de pensamento conhecida como mercantilismo, sendo que na França "Colbertinismo" é um sinônimo de mercantilismo.


Luís XIV ordenou a construção do complexo conhecido como Hôtel des las Invalides (Palácio dos Inválidos) para servir de moradia a militares que o serviram lealmente em combate, mas que foram dispensados por motivo de ferimento de guerra ou idade avançada - e que até então tinham como alternativas apenas a mendicância e o banditismo.

No seu reinado foi construído o Canal Midi que uniu o Mediterrâneo e o Atlântico e foi muito importante para o desenvolvimento econômico da França e da Europa sendo considerado fundamental para a Revolução Industrial. O Canal tem 240 quilômetros foi projetado por Pierre Paul Riquet e inaugurado em 1681.



Casamento


Enquanto, a guerra com Espanha continuava, os franceses receberam apoio militar da
Inglaterra, dirigida por Oliver Cromwell. A aliança Anglo-francesa venceu a guerra em 1658 na Batalha das Dunas. O resultado foi o Tratado dos Pirineus que fixou a fronteir.


a entre Espanha e França. A Espanha cedeu varias províncias e cidades a França nos Países Baixos Espanhóis e em Rousillon. Como meio de fixar ainda mais a paz e as fronteiras dos dois reinos, uma união entre as duas famílias reais, de Espanha e de França, foi proposta. Tal proposta estava seduzindo imensamente Ana de Áustria, a mãe de Luís XIV, que sempre desejou ver seu filho casado com uma parente sua da Casa de Habsburgo. Entretanto, a hesitação espanhola conduziu a um esquema em que o Cardeal Jules Mazarin, primeiro-ministro da França, fingia procurar uma união para o rei com Catarina de Bragança. Quando Felipe IV de Espanha ouviu sobre a reunião em Lyon entre as casas de França e de Portugal, ele exclamou: "Esta união Luso-francesa não pode ser, e não será”. Então durante a viagem do jovem rei, em 7 de Novembro de 1659, os Espanhóis aceitaram assinar o tratado dos Pirineus que fixa as fronteiras entre a França e a Espanha. Do seu lado, Luís XIV aceita de boa vontade, respeitar uma das cláusulas do tratado: Casar com Maria Teresa de Espanha a infanta, filha de Felipe IV, rei da Espanha, e Isabel da França.O casamento tem lugar em 9 de Junho de 1660 em Saint-Jean-de-Luz.


Personalidade do Rei

O Sol como Emblema


Luís XIV escolhe para emblema o sol. É o astro que dá vida a qualquer coisa, mas é também o símbolo da ordem e da regularidade. Ele reinou como um sol sobre a corte, sobre os cortesãos e sobre a França


Luis XIV, uma força da

Dizia-se que o rei não era um homem grande – media 1.61 m – mas que o Rei era elegante e impunha pela sua presença, sua beleza e magnitude. Ele era robusto: nunca cansado não temia nem o calor nem o frio, nem a chuva nem o granizo, e não compreendia o que se possa sofrer. Como todos os Bourbons, o Rei era dono de um voraz apetite. Ele amava a Dança, os Espetáculos de Balet, e o jeu de paume. Como toda a sua família era um dançarino incansavel.
Era um homem curioso por tudo aquilo que o rodeava. Graças a sua
Guarda Suíça que espionava a tudo e a todos no Palácio de Versailles, ele estava sempre a par dos acontecimentos.


Um amante fogoso


Luis XIV teve três amantes em título, são elas: Louise de La Vallière, Madame de Montespan e Madame de Maintenon (Que foi secretamente esposa do rei após a morte da rainha. O casamento aconteceu em 9 ou 10 de Outubro de 1683, na presença de Père de La Chaise que deu a bênção nupicial). Na adolecencia, o rei teve um romance com uma sobrinha de Mazarin, Maria Mancini. Houve entre eles uma grande paixão, contrariada pelo cardeal que, consciente dos intéresses da França, preferiu faze-lo se casar com A Infanta de Espanha. Em 1670, Jean Racine se inspirou na historia de Luís e Maria Mancini para escrever "Berenice".


Suas amantes e favoritas


Louise Françoise de La Baume Le Blanc, duquesa de La Vallière e de Vaujours Após a Morte da rainha o Rei desposou-a
Françoise-Athénaïs de Rochechouart de Mortemart, Marquesa de Montespan
Bonne de Pons, Marquise d'Heudicourt
Françoise d'Aubigné, Marquesa de Maintenon, viúva do poeta Scarron. * Marie Mancini, sobrinha do cardeal Mazarin
Olympe Mancini, Condessa de Soissons, Sobrinha do cardeal Mazarin
Hortense Mancini, sobrinha do cardeal Mazarin
Louise de Nesles, Condessa de Mailly
Lucie de La Motte-Argencourt
Isabelle de Ludres
Anne Julie de Rohan-Chabot, princesa de Soubise
Mademoiselle de Thianges
Lydie de Rochefort-Théobon
Marie Angélique de Scoraille de Roussille, Marquesa e depois Duquesa de Fontanges
Henriqueta Ana Stuart, sua cunhada e Duquesa de Orleáns
Claude de Vin des Œillets, Mademoiselle des Œillets
Catherine Charlotte de Gramont, Princesa de
Mônaco
Guerras e conflitos.


Durante o seu longo reinado, que na prática exerceu de 1661 a 1715 (54 anos), reorganizou e equipou o exército francês, tornando-o o mais poderoso da Europa, e iniciou suas investidas militares com a invasão dos Países Baixos espanhóis em 1667, que considerava serem herança de sua esposa. Perseguiu os protestantes neerlandeses e franceses na tentativa de polarizar novamente a Europa, opondo as nações católicas às protestantes, no entanto falhou nesse objetivo e acabou por voltar países de ambas as religiões contra a França. Na guerra da sucessão espanhola (1701-1714) colocou seu neto Filipe V de Espanha no trono espanhol, porém infligiu altos custos econômicos e humanos à França. Seu governo, um dos mais importantes da história da França, durou 54 anos e tornou-se conhecido pelo absolutismo monárquico, onde o rei controlou totalmente o estado. Um dos seus maiores arquitectos militares foi Sébastien Le Prestre de Vauban, que muniu o reino francês de inúmeras fortificações nas suas fronteiras, inaugurando o estilo Vauban. Ver sobre este assunto em poliorcética.


Guerra nos Países


Dpois da morte de Felipe IV de Espanha, tio e sogro de Luís XIV, em 1665, seu filho (e de sua segunda esposa) subiu ao trono como Carlos II de Espanha. Luis XIV reclamou o território de Brabante, nos Países Baixos, governados até então pelo rei de Espanha, por considerar entes territorios herança de sua esposa, Maria Teresa, irmã mais velha de Carlos II,(Maria Teresa era filha do primeiro casamento de Felipe IV). Luis argumentou que os costumes de Brabante não permitiam que um filho sofresse prejuízos por conseqüência de seu pai voltar a se casar, pelo que Maria Teresa tinha prioridade sobre os filhos dos seguintes matrimônios de Felipe IV, na hora de herdar. Estas reclamações dariam início a Guerra de Devolução de 1667, na qual Luis XIV participou pessoalmente.


Os interesses de Luís nos Países Baixos se beneficiaram dos problemas internos da República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos. O político mais importante do momento nas Províncias Unidas, Johan de Witt, temia que o jovem Guilherme III, Príncipe de Orange, detivesse o poder nas Províncias Unidas. De Witt pensava que uma guerra naval contra França poderia ser vencida, mas uma guerra terrestre, permitiria a intervenção de Guilherme III, deixando, este com o poder nas Províncias Unidas . Assim, com as Províncias Unidas divididas em um conflito interno entre os seguidores de De Witt e os de Guilherme de Orange, junto aos desentendimentos entre ingleses e holandeses, a França não teve nenhuma dificuldade em conquistar Flandres e o Franco Condado. Impactados pela velocidade do triunfo francês, as Províncias Unidas se unirão a Inglaterra e Suécia em uma Tríplice Aliança no ano de 1668. A formação da Tríplice Aliança colocaria Luis XIV ante o problema de ver-se envolto em uma guerra de maiores dimensões, pelo que aceitou firmar a paz com o Tratado de Aquisgrán, pelo qual a França ficava com o controle de Flandres, mas devolvia o Franco Condado a Espanha


A Liga de Habsburgo


A revogação do Édito de Nantes teve grandes consegüencias políticas e diplomáticas, principalmente nos países protestantes, nos quais esta revogação contribuiu para criar um crescente sentimento antifrancês.Em 1686, dirigentes tanto católicos como protestantes fundarão a Liga de Habsburgo, aparentemente um pacto defensivo para proteger a zona do Rio Rin, mas que era na realidade uma aliança ofensiva contra a França. A aliança incluía entre seus membros o Imperador do Sacro Imperio e vários dos governantes dos estados alemães que faziam partete do Imperio, principalmente o Palatinado, Baviera e Brandeburgo. As Províncias Unidas, Espanha e Suecia também se unirão à Liga.


Luís XIV mandou suas tropas ao Palatinado em 1688, devido que o ultimato que propos aos príncipes germânicos, pelo qual estes deviam ratificar a Tregua de Ratisbona (confirmando assim a posseção de Luís XIV sobre os territorios anexados a esta tregua) assim como reconhecer publicamente o direito das reclamações de sua cunhada, expirou. Aparentemente, o exercito de Luís teria como ordens apoiar militarmente as reclamações territoriasis da cunhada de Luís, Isabel Carlota duquesa de Orleans, no Palatinado. Mas, a invasão teria o proposito real de pressionar o Palatinado para que este abandonasse a Liga, conseguindo assim debilita-la.
As ações francesas unirão os príncipes ao bando do Imperador. Luís esperava que a Inglaterra, governada por seu primo, o rei católico
Jaime II, se manteria neutra no conflito, mas a Revolução Gloriosa inglesa acabou com Jaime, que foi substituído no trono por sua filha Maria II, que governaba junto a seu marido Guilherme III (o Príncipe de Orange). Devido a inimizade que surgiu entre Luís e Guilherme na guerra com a Holanda, este decidiu unir-se a Liga, que passou a ser conhecida apartir deste momento como a Liga da Grande Aliança.


As campanhas conhecidas como Guerra dos Nove Anos (1688–1697) foram dominadas, em geral, pelas tropas francesas. As forças Imperiais se mostraram pouco efetivas, pois a maior parte do exercito Imperial continuava enfrentando o Império Otomano. Rapidamente a França consiguiu uma grande quantidade de vitórias, desde Flandres no norte até o vale do Rin no leste e Itália e Espanha no sul. Enquanto isso, Luis XIV apoiou Jaime II em seu intento de recuperar o trono Britanico, mas o Stuart não teve exito. Este fecho fez com que a Inglaterra de Guilherme pudesse entrar com mais força no conflicto continental. No entanto, apesar do tamanho das forças inimigas, os franceses derrotaram o exercito aliado na Batalla de Fleurus (1690), assim como na Batalla de Steenkerque (1692) e na Batalla de Neerwinden (1693). Sob a supervisão pessoal do Rei, as tropas francesas capturaram Mons em 1691 e a inexpugnavel, até o momento,fortaleza de Namur, no ano de 1692. A vitória naval francesa na Batalla de Beachy Head em 1690 foi contrastada pela vitória anglo-holandesa na Batalla de La Hogue em 1692. A guerra durou todavia quatro anos mais, até que o Duque de Sabóia firmou um acordo de paz, aliando-se assim com os franceses no ano de 1696, reforçando o exercitos franceses e facilitando a tomada de Milão e Barcelona.


A Guerra dos Nove Anos terminou em 1697 com o Tratado de Ryswick. Luis XIV devolveu Luxemburgo e otros territorios dos quais se havia apoderado na guerra holandesa de 1679, mas conservou Estrasburgo. Também adquiriui a poseção do Haití assim como a devolução de Pondicherry e Acadia. Luís XIV, por outro lado teve que reconhecer o reinado de Guilherme III e Maria II como soberanos da Grã-Bretanha e Irlanda, pelo estes se asseguraram que Luís não voltaria a apoiar Jaime; de igual modo renunciou a suas reclamações sobre o Palatinado. Espanha recuperou Catalunha e outros territorios perdidos nos Países Baixos , tanto na Guerra dos nove anos como em outars anteriores. Luis também devolveu neste tratado a Lorena à seu Duque, mas sobre a condição deste permitir a livre circulação francesa no territorio.Os termos generosos do tratado foram interpretados como uma concessão para favorecer um sentimento pro-francês na Espanha, o que, eventualmente, levaria Carlos II, rei de Espanha a designar Felipe, Duque de Anjou (neto de Luis XIV) como seu suscessor.


A sucessão Espanhola

O problema da sucessão ao trono espanhol dominou a situação européia depois da Paz de Ryswick. O rei espanhol, Carlos II, apelidado El Hechizado (O enfeitiçado), estava muito doente e não podia ter descendência. A herança da coroa espanhola era grande, já que Carlos II não era apenas rei de Espanha, sendo também rei de Nápoles, Sicilia, Milão dos Países Baixos Espanhois e de um grande Império colonial. No total, vinte e dois domínios distintos.


França e Áustria eram os principais candidatos ao trono, pois ambos tinham laços familiares com a família real Espanhola. Felipe, Duque de Anjou (que seria Felipe V de Espanha), o pretendente francês, era o bisneto da filha mais velha de Felipe III de Espanha, Ana de Áustria e neto da filha mais velha de Felipe IV de Espanha, Maria Teresa de Áustria. O única obstáculo para suas aspirações à sucessão era a renuncia ao trono de Maria Teresa, que pela Espanha não ter cumprido sua parte no acordo, era invalida. Por outro lado, Carlos, Arquiduque de Áustria e mais tarde Imperador, filho mais novo de Leopoldo I, fruto do terceiro matrimonio deste com Leonor do Palatinado, reclamava o trono espanhol pela sua avó paterna, que era a filha mais nova de Felipe III; esta pretensão, ao contrario da francesa, não estava condicionada por nenhuma renuncia previa ao trono. Mas usando as regras de sucessão, a posição francesa era superior, pois seu pretendente descendia da filha mais velha de Felipe III. Algumas potencias européias temiam a possibilidade de tanto a França quanto o Sacro Império deterem o controle da Espanha, o que acabaria com o equilíbrio de poder na Europa. Guilherme III, rei de Grã-Bretanha e Irlanda, preferia outro candidato, o Príncipe Bávaro José Fernando da Baviera, neto de Leopoldo I e de sua primeira esposa: Margarida Teresa de Habsburgo, filha mais nova de Felipe IV e irmã de Carlos II de Espanha. Nos términos do Primeiro Tratado de Partição, firmado em Haia em 1698, em plena guerra dos Nove Anos, por Inglaterra e França para evitar uma aliança Espano-Germanica, se estipulava que José Fernando herdaria a Espanha, incluindo os territórios italianos, enquanto que os Países Baixos seriam repartidos entre a França e a Áustria. Espanha não havia sido consultada e repetia frontalmente a partição do Império Espanhol. A corte espanhola insistia na necessidade de manter a integridade do Império. Por isso, quando o tratado chegou aos ouvidos de Carlos II, este declarou José Fernando como seu único herdeiro, deixando-lhe toda a herança.


O problema ressurgiu seis meses depois, quando o príncipe José Fernando morreu de varíola. A corte espanhola insistia em sua posição de manter todo o território espanhol governado por um só, o que deixava as possibilidades de deixar o controle do Império com a França ou com a Áustria. Carlos II, pressionado por sua esposa alemã, elegeu a casa austríaca, elegendo como herdeiro o Arquiduque Carlos.Sem saber da decisão de Carlos II, Luis XIV e Guilherme III firmaram um segundo tratado, que deixava o Arquiduque com a Espanha, os Países Baixos e as colônias, enquanto que o filho mais velho (e herdeiro) de Luis, Luís, o grande delfim de França herdaria os territórios italianos, na previsão de trocá-los mais tarde por Sabóia e Lorena.


Em 1700, agonizando em seu leito de morte, Carlos II trocou as disposições sucessórias inesperadamente. Devido ao Tratado de Ryswick, a opinião espanhola havia se tornado pro-francesa, e Carlos II, baseado nas experiências previas que demonstravam a superioridade militar francesa, pensou que França estava mais capacitada para manter a unidade do império. A herança espanhola foi oferecida em sua totalidade a Felipe Duque de Anjou, filho do Delfín. A oferta incluía uma cláusula pela qual Felipe devia renunciar a sua posição na linha sucessória francesa.


Esta oferta deixava Luis XIV ante uma difícil decisão: por um lado podia aceitar todo o Império Espanhol, descumprindo assim os Tratados de Participação que previamente havia firmado com Guilherme III, ou podia recusar a oferta, aceitando o Segundo Tratado, deixando a Europa em um estado de paz. Luis XIV havia assegurado a Guilherme III que cumpriria os termos do Tratado e partiria os domínios espanhóis. Contudo, aceitar só uma parte do legado espanhol poria a França em grave perigo de entrar em guerra com o Sacro Império; além do mais Guilherme III havia deixado claro que não apoiaria Luis em uma guerra para obter os territórios estipulados no Tratado de Partição. Luis XIV, sabia que em qualquer circunstancia a guerra era inevitável, era mais proveitoso aceitar a oferta sucessória proposta por Carlos II. Assim, quando Carlos II morreu em 1 de novembro, Felipe, Duque de Anjou, foi proclamado Felipe V, rei de Espanha. Os oponentes de Luis XIV aceitaram Felipe como rei espanhol a contragosto. Mas, Luis atuou precipitadamente em 1701 quando transferiu o Acento, uma permissão para vender escravos às colônias espanholas, a França, movimento que supunha um grande risco para o comércio inglês. Além disto, Luis XIV deixou de reconhecer o reinado de Guilherme III, depois da morte de Jaime II, reivindicando ao filho deste Jaime Francis Stuart (conhecido como «o Velho Pretendente») o trono da Inglaterra e Irlanda. Depois, Luis mandou tropas aos Países Baixos espanhóis para assegurar sua lealdade a Felipe V e para guarnecer as fortalezas espanholas, que haviam estado durante um tempo sob o controle holandês como parte da Barreira que protegia as Províncias Unidas de potenciais ataques franceses. Em conseqüência, se formou uma aliança entre Grã-Bretanha, as Províncias Unidas, o Sacro Império Romano Germânico e a maioria de estados germânicos. Baviera, Portugal y Sabóia se aliaram a Luis XIV e Felipe V.



A subseqüente Guerra de Sucessão Espanhola continuou durante praticamente o resto do reinado de Luis. os franceses tiveram algum êxito, chegando quase a capturar Viena, mas a vitória do Duque de Marlborough e de Eugênio de Savoia na Batalha de Blenheim (13 de agosto de 1704) e outras derrotas como a Batalha de Ramillies e a Batalha de Oudenarde unido a divida crescente fez com que a França tomasse uma postura defensiva. Baviera foi conquistada pelos aliados depois da Batalha de Blenheim, e Portugal e Sabóia passaram rapidamente para o outro lado. A guerra teve muitos custos para Luis XIV; Em 1709, o exército francês estava gravemente debilitado e Luis pedia uma paz. Todas as negociações de paz deram em nada, devido as condições que impunham os aliados. Cada vez se fazia mais claro que Luis no poderia manter todos os territórios espanhóis, mas igualmente ficava cada vez mais claro que seus oponentes no poderiam expulsar Felipe V do trono espanhol, depois das vitórias Franco-Espanholas na Batalha de Almansa e na de Villaviciosa.



A situação francesa piorou com a queda de Bouchain, que deixava a Marlborough o caminho praticamente livre para chegar até Paris. Mas a morte de José I, filho mais velho de Leopoldo I, deixava o Arquiduque Carlos como possível herdeiro de um Império tão grande como o de Carlos V, o Sacro Império e o Império Espanhol. Este Império era tão problemático para os ingleses como o de França unida à Espanha. Esta circunstancia fez com que a Grã-Bretanha e França começassem negociações unilaterais de paz. Estes acordos culminaram no Tratado de Utrecht. A paz com o Sacro Império chegou em 1714, com o Tratado de Baden. Os pontos principais da paz foram os seguintes: Felipe V era reconhecido como rei de Espanha e das Colônias espanholas. As posses espanholas nos Países Baixos e Itália se dividiriam entre Áustria e Sabóia, enquato que Gibraltar e Menorca pasavan a mãos inglesas. Além de Luis XIV se comprometeu a não oferecer mais apoio ao «Velho Pretendente» em sua campanha para subir ao trono inglês. A França teve que ceder varias colônias nas Américas a Inglaterra, mas, a maioria de suas posses continentais perdidas na guerra lhe foi devolvidas, conseguindo ainda algum território reclamado como o principado de Orange.


Luís XIV tentou evitar a subida ao trono de seu sobrinho Filipe de Orleans, que ao ser o parente mais próximo se converteria em regente do futuro Luís XV. Luís XIV preferia desviar parte desse poder ao filho ilegítimo que teve com Madame de Montespan, Luís Augusto de Bourbon e criou um conselho regente como o que previamente criou Luís XIII antecipando a maioria de idade de Luís XIV. O testamento de Luís XIV dizia que Luís Augusto seria o protector de Luís XV, super-intendente da educação do jovem rei e Comandante da Guarda Real. O Duque de Orleans, se asegurou da anulação do testamento no Parlamento, subornado os parlamentares, com a devolução do poder que Luís XIV lhes havia tirado. Luís Augusto foi despojado de seu título de Prince du Sang Royal (Príncipe de Sangue Real) e do comando da Guarda Real, mas manteve seu posto de super-intendente, ficando Filipe II como único regente.

Giordano Bruno



Giordano Bruno Nascimento 1548 Roma Morte 17 de fevereiro de 1600 Principais interesses Filosofia e Cosmologia


Giordano Bruno (
1548Roma, 17 de fevereiro de 1600) foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano, condenado à morte na fogueira, pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício), por heresia. É também referido como Bruno de Nola ou Nolano.

Filho do militar João Bruno e de Flaulissa Savolino, seu nome de batismo era Filippo, tendo adotado o nome de Giordano quando ingressou na
Ordem Dominicana (no convento de Nápoles em 1566). Lá, estudou profundamente a filosofia de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, doutorando-se em Teologia.
Sempre contestador não tarda a atrair contra si próprio opiniões contrárias e perseguições. Em
1576 abandona o hábito ao ser acusado de heresia por duvidar da Santíssima Trindade. Inicia, então, uma peregrinação que marcou sua vida, visitando Gênova, Toulouse, Paris e Londres, onde passou dois anos (1583 a 1585) sob proteção do embaixador francês, freqüentando o círculo de amigos do poeta inglês Sir Philip Sidney. Em 1585, Bruno retornou a Paris, indo em seguida para Marburg, Wittenberg, Praga, Helmstedt e Frankfurt, onde conseguiu publicar vários de seus escritos.

Defensor do
humanismo, corrente filosófica do Renascimento (cujo principal representante é Erasmo), Bruno defendia o infinito cósmico e uma nova visão do homem. Embora a filosofia da sua época estivesse baseada nos clássicos antigos, dentre os quais principalmente Aristóteles, Bruno teorizou veementemente contra eles. Sua forma e conteúdo são muito semelhantes às de Platão, escrevendo na forma de diálogos e com a mesma visão.

Nômade por natureza e modo de vida, Bruno baseou sua filosofia apoiado nas suas intuições e vivências fora do comum. Defendeu teorias filosóficas que misturavam um neo-platonismo místico e
panteísmo. Acreditava que o Universo é infinito, que Deus é a alma universal do mundo e que todas as coisas materiais são manifestações deste principio infinito. Por tudo isso, Bruno é considerado um pioneiro da filosofia moderna, tendo influenciado decisivamente o filósofo holandês Baruch de Espinoza e o pensador alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz.

Ao contrário do que se pensa comumente, Giordano Bruno não foi queimado na fogueira por defender o heliocentrismo de
Copérnico. Um dos pontos chaves de sua teoria é a cosmologia, segundo a qual o universo seria infinito, povoado por milhares de sistemas solares, e interligado com outros planetas contendo vida inteligente. Para esta perspectiva bebeu na fonte de Nicolau da Cusa, Copérnico e também de Giovanni Della Porta.

John Gribbin, em seu livro "Science: A History 1543-2001" explica que Bruno participava de um movimento chamado
Hermetismo, que se baseava em escrituras que, de acordo com o que era dito, teriam se originado no Egito na época de Moisés. Entre outras referências, esse movimento utilizava os ensinamentos do deus egípcio Thoth, cujo equivalente grego era Hermes (daí hermetismo) - conhecido pelos seguidores como Hermes Trimegistus. Bruno teria abraçado a teoria de Copérnico porque ela se encaixava bem na idéia egípcia de um universo centrado no Sol.

Deus seria a força criadora perfeita que forma o mundo e que seria imanente a ele. Bruno coaduna com os poderes humanos extraordinários, mas enfrentou abertamente a Igreja Católica e seus preceitos.

Monumento erguido em 1889 por círculos maçônicos italianos, no local onde Giordano Bruno foi executado. Campo de Fiori, Roma, Itália Il Candelaio, em 1582 Cena de le Ceneri, em 1584 De l’infinito universo e mondi, em 1584 De la causa, principio e uno, em 1584 Gli eroici furori, em 1585

O nobre veneziano chamado
Giovanni Mocenigo encontrou Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para vir a Veneza, sob o pretexto de ensinar a mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era perito. Como Mocenigo quisesse usar as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou para prejudicar seus concorrentes e inimigos conforme outros, Bruno negou-se a lhe ensinar. Por isso Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para levarem-no preso, acusando de heresia. Bruno foi preso no San Castello no dia 26 de maio de 1592.

Por estas opiniões quentes e perigosas para a época que Giordano Bruno foi condenado pela
Inquisição, tendo passado seus últimos oito anos sofrendo torturas e maus tratos de todos os tipos. No último interrogatório não se submete, mostra força e coragem. Por não abjurar, é condenado à morte na fogueira, mas antes de morrer queimado no Campo de Fiori, ele afronta ainda mais uma vez seus inquisidores. É dito que cuspiu no crucifixo dos os que o mataram. Porém alguns consideram que não o tenha feito e este relato seja para tentar depreciar mais sua imagem. Morreu na fogueira com tábua e pregos na língua, para parar de "blasfemar".

Ao ser anunciada a sentença de que seria executado piamente, sem profusão de sangue (que em verdade significava a morte pela fogueira) disse: "Teme mais a Força em pronunciar a sentença do que eu em escutá-la".

Bruno também escreveu um livro polêmico, "A ceia das Cinzas", que foi queimado pela Igreja Católica.